Tuesday, September 20, 2016

CRISTÃOS GAYS


"Para além da certeza de vida eterna, o Evangelho quer nos conduzir a uma vida terrena, em que a justiça é nossa âncora, a fé a nossa prática e o amor a nossa força motriz".  

Não são poucas as pessoas que dizem: "Não vou a uma igreja inclusiva, porque não acredito na salvação de pessoas LGBTQIA+". Como se o trabalho da igreja fosse unicamente falar sobre salvação e condenação. Estas pessoas, algumas propositadamente, outras por pura ignorância, desprezam que entre o céu e o inferno está a terra, e a igreja influencia diretamente a vida que temos aqui, injetando valores que são universais e indispensáveis para a saúde individual e coletiva, na esfera humana e espiritual. A partir da minha experiência ministerial enquanto pastor de inclusão eclesial plena de pessoas LGBTQIA+ concluo que muitas pessoas da sigla não congregam porque não querem ter seu padrão de vida tolido pelos Ensinos Bíblicos – a mensagem da cruz exige renúncia e determinação em se parecer cada vez mais com Cristo; o que implica em uma mudança radical de comportamento.

Todos os que aceitam a mensagem de Cristo e a praticam, tornam-se seus imitadores. Portanto, não podemos repousar nossa identidade em nossa sexualidade, seja ela qual for, mas devemos repousá-la no nosso relacionamento com Deus por meio de Jesus Cristo. Ao fazermos isso, não seremos Gays Cristãos, mas sim, Cristãos Gays – a nossa identidade de seguidores de Jesus precede a nossa sexualidade. Somos chamados a cada dia para aprendermos sobre o Reino de Deus e a prática correta de nossa fé – para além da certeza de vida eterna, o Evangelho quer nos conduzir a uma vida terrena, em que a justiça é nossa âncora, a fé a nossa prática e o amor a nossa força motriz.  

Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á" - Mateus 16:24,25.

Texto: Reverendo Marvel Souza (@marvelsouzaoficial)



Friday, September 16, 2016

ESTERILIDADE ESPIRITUAL


Esterilidade Espiritual

Quando tratamos sobre o assunto “Esterilidade”, devemos considerar o seu significado figurativo e biológico. Este tem a ver com a impossibilitada de procriar – incapacidade de dar frutos, de produzir ou criar. Aquele diz respeito a uma incapacidade criativa, ausência de ação ou de iniciativa. No campo da fé, dizemos que a ESTERILIDADE tem a ver com pessoas que possuem uma FÉ MORTA.
Encontramos nas igrejas cristãs muitas pessoas estéreis espirituais, que tiveram seus ministérios e sonhos neutralizados pela força do mal (diabo ou pecado), tornando-se infrutíferas na obra de Deus e na vida cristã individual. Muitas destas pessoas se tornaram apenas religiosas – passaram a ter a vida e a prática pautadas nos costumes e tradições das igrejas ou desenvolveram uma série de resistências ao dinamismo, que o Espírito Santo propõe para a Igreja de Cristo.
A esterilidade espiritual é um mal que atinge a igreja de Cristo nos dias de hoje. Isso é notório na ausência injustificada de alguns cristãos aos cultos regulares da igreja, a falta de atividade nos trabalhos de evangelismo, o não crescimento do número de membros, o surgimento de muitas dissensões entre os irmãos, a falta de respeito pelas autoridades eclesiásticas, a ausência de comprometimento com as atividades do Reino de Deus, etc.
Vamos elencar algumas razões pelas quais muitos cristãos estão se tornando estéreis espirituais:
  1. Prática do pecado – esta prática leva os cristãos ao esfriamento espiritual;
  2. Pecados ocultos – a influência de pecados não confessados aos homens, sobre os quais não houve um arrependimento genuíno, pode transpassar o tempo e prejudicar a vida cristã de hoje;
Obs. Entende-se como pecado que precisa ser confessado aos homens, aquele que atinge o próximo. Por exemplo: adultério, assassinato, roubo, injúria, calúnia, traição, detração, imoralidade, fornicação, torpeza e sequestro.

Alguns pecados que cometemos precisam ser confessados apenas a Deus, o que não é o caso destes citados acima. Para estes é necessário uma confissão, precedida por um profundo sentimento de arrependimento e desejo de reparar o erro. Orienta-se nestes casos que a confissão seja feito ao Pastor da Igreja, para que o pecado cometido não seja motivo para que outros pequem também, por meio de fofocas e dissensões. O Pastor dará as instruções para que haja sucesso em todo este processo.
  1. Zona de conforto – o pensamento de: “já fiz muito e agora vou deixar que outros façam”, ou até mesmo quando se tenta justificar a inatividade por causa do trabalho, casamento, estudo, filhos, etc. Se pararmos de fazer a obra de Deus e de produzir frutos dignos de arrependimentos por causa das ocupações e adversidades, seremos sempre estéreis espirituais;
  2. Falta de revestimento espiritual – pessoas não revestidas do poder de Deus têm dificuldade de resistir ao pecado e as obras do diabo, consequentemente, serão neutralizadas pela força do mal com muita facilidade;
  3. Afastamento da Igreja – a ausência dos cultos tem sido um dos grandes motivos para que cristãos entrem em um período de esfriamento espiritual, pois deixam de se alimentar da palavra e não recebem as ministrações que só acontecem por meio da comunhão com os santos do Senhor.
Há os que dizem: “eu sirvo a Deus em casa, não preciso de igreja”. A Igreja é o corpo de Cristo; assim como um corpo humano, se uma das partes for arrancada, ela não sobreviverá sem o todo – arranque um dedo e o lance fora. Em questão de minutos, todas as células que estão vivas no dedo morrerão;
  1. Estar agarrado ao que é velho (tradições) – quanto a isso, em especial, refiro-me aos cristãos de igrejas que pregam a inclusão que, em sua maioria, vieram de raízes cristãs evangélicas e por isso acham que sabem tudo sobre a fé, mas na prática são os que falam muito e não fazem nada, e mesmo assim querem que a igreja de agora seja a mesma que ele congregou antes. Agarrados às tradições, estas pessoas não creem no dinamismo do Espírito Santo, portanto, não se abrem para o novo que Deus tem para fazer agora. Ficam como que sentados em suas cadeiras de balanço, contando histórias de como foi a sua vida na igreja onde congregavam antes;
  2. Falta da prática de orações – as orações funcionam como combustível para a fé cristã – cristãos que têm este hábito costumam produzir boas obras e resistem mais facilmente as investidas do mal. A ausência desta prática fragiliza a vida espiritual, tornando-nos alvos fáceis para as investidas do mal;
  3. Não estudar a Palavra de Deus – a palavra de Deus santifica e aviva a chama do Espírito em nós, gerando fé viva (fé acompanhada de obras). Cristãos que não estudam a palavra de Deus correm o risco de se tornarem mortos em si;
  4. Soberba espiritual – neste ponto vamos encontrar os cristãos que acham que já viveram tantas experiências que são prontos para tudo, e se julgam mais crentes do que os outros, mas na verdade costumam ser os mais travados na vida espiritual, porque lhes falta a virtude principal que o Espírito gera na vida de cada discípulo de Jesus: a humildade no fazer cristão. Estas pessoas até fazem alguns coisas, mas o que elas fazem não prospera, é sempre fadado ao fracasso. Soberbos espirituais encontram no título uma falsa segurança ministerial, e acham que sempre têm o controle de tudo, mas nunca têm o controle de nada.
Enquanto cristãos temos a responsabilidade de manter acessa a chama do Espírito nos nossos corações. Para tanto, é necessário que cultivemos a prática das orações, dos jejuns, da leitura e meditação na palavra de Deus, da piedade, da comunhão com os irmãos da fé e do exercício da fé (porque toda fé viva produz boas obras).

Pastor Marvel Souza


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