Saturday, October 31, 2020

LA REFORMA PROTESTANTE Y LAS IGLESIAS INCLUSIVAS...

LA REFORMA PROTESTANTE Y LAS IGLESIAS INCLUSIVAS...

En 1517, Martín Lutero expuso sus 95 tesis que se convertirían en el hito de la Reforma Protestante. Más allá de la Reforma, lo que Lutero no sabía es que su movimiento llegaría al siglo XXI como facilitador de otro movimiento reformista, quizás menos expresivo, pero legítimo: el movimiento inclusivo para las personas LGBTQ+.

El surgimiento de las Iglesias Inclusivas tiene que ver directamente con los efectos de la Reforma Protestante, ya que la democratización de la Biblia, la libertad teológica y los conceptos de laicismo fueron fortalecidos por el movimiento reformista.

La libertad teológica que tenemos hoy posibilita el surgimiento de nuevos conceptos teológicos y el acceso a la Santa Biblia hizo posible la experiencia individual que cada persona pueda tener con lo sagrado. Puedo decir que la democratización de la Biblia es una de las grandes fortalezas de la Reforma.

Otro triunfo fue mostrar que la Gracia Divina es suficiente para la salvación de la humanidad en un momento en que las indulgencias instaladas demostraban lo contrario. Y esto está claro en el versículo de la Biblia que se ha convertido en uno de los fundamentos de la Reforma Protestante:

"Así que, justificados por la fe, tenemos paz para con Dios por medio de nuestro Señor Jesucristo". (Romanos 5: 1).

Las Iglesias Inclusivas podrían no haber existido si Martín Lutero no hubiera abierto las puertas del ACCESO A LOS TEXTOS BÍBLICOS y la DIVERSIDAD TEOLÓGICA, lo que en consecuencia hizo posible el EJERCICIO DIVERSO DE LA FE CRISTIANA, en el que encajan las iglesias inclusivas.

¡Termino este texto deseando a todos un feliz día de la Reforma!


Texto de Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial).

Traducido por Michael Martinez.

A REFORMA PROTESTANTE E AS IGREJAS INCLUSIVAS...


A REFORMA PROTESTANTE E AS IGREJAS INCLUSIVAS...


Em 1517, Martinho Lutero expõe suas 95 teses que passariam a ser o marco da Reforma Protestante. Para além da Reforma, o que Lutero não sabia é que seu movimento chegaria ao século XXI como o possibilitador de outro movimento reformista, talvez menos expressivo, mas legítimo: o movimento inclusivo pró pessoas LGBTQ+. 

O surgimento de Igrejas Inclusivas tem a ver diretamente com os efeitos da Reforma Protestante, pois a liberdade teológica e os conceitos de laicidade se fortaleceram com o movimento reformista. 

A liberdade teológica que temos hoje possibilita o surgimento de novas concepções teológicas e o acesso à Bíblia Sagrada possibilitou a experiência individual que cada pessoa pode ter com o sagrado. Posso dizer que a democratização da Bíblia é um dos grandes trunfos da Reforma.

Outro trunfo foi mostrar que a Graça Divina é suficiente para a salvação da humanidade em um tempo em que as indulgências tentavam provar o contrário. E isso fica claro no versículo bíblico que se tornou uma das bases da Reforma Protestante:

"Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo". Romanos 5: 1

As Igrejas Inclusivas talvez não existissem se Martinho Lutero não tivesse aberto as portas do ACESSO AOS TEXTOS BÍBLICOS e da DIVERSIDADE TEOLÓGICA, que consequentemente possibilitou o  EXERCÍCIO DIVERSO DA FÉ CRISTÃ, no qual as igreja inclusivas se encaixam. 

Termino este texto desejando um feliz dia da Reforma a tod@s! 

Texto por Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)

Tuesday, October 13, 2020

Afirmativa da Fé e Direito Originário à Fé

A fé como direito originário, para além da definição edênica, expressa o entendimento de que todos, desde a concepção até ao nascimento, receberam o direito de exercer plenamente a fé em Deus. Este direito passa a ser exercido à luz da maturidade e capacidade de discernimento das coisas e pode ser estimulado pela religião, porém, não deve ser de posse da religião. 

Neste contexto, as religiões deveriam construir uma relação harmoniosa entre os filhos e filhas de Deus, conduzindo-os à espiritualidade sadia. No entanto, a maioria das religiões e seus diferentes segmentos, constroem um relacionamento com o ser humano por meio do contraditório e do conflito, baseando seus ensinos estritamente na vida eterna com Deus (céu) e na vida eterna sem Deus (condenação eterna). E neste contexto, a condenação eterna se torna o instrumento opressor para fazer com que as pessoas escolham o céu e lutem por ele. 

Os efeitos disso, ficam claros quando nos deparamos com pessoas que passaram a vida inteira em uma igreja, porque não queriam ir para o inferno, e chegaram a conclusão que não eram capazes de atender aos requisitos estabelecidos para os que querem ir ao céu. Decepcionadas decidiram abandonar a vida religiosa aceitando a condição de não dignos da salvação, consequentemente, destinados à condenação eterna. 

A população LGBT+ foi e é fustigada com a dualidade entre céu e inferno, e muitas pessoas das siglas se entregaram à vida dissoluta, porque foram convencidas de que não são filhos e filhas de Deus. Convencidas de que o céu não é para elas, passaram a rejeitar qualquer possibilidade de exercer a fé, até mesmo em ambientes onde são aceitas e celebradas sendo que são.

A "Afirmativa da Fé" se posiciona como instrumento teológico que visa desconstruir concepções teológicas centradas na salvação meritocrática, fundamentando a fé em princípios fundamentais e universais. Esse instrumento desenvolve o papel reparador e ao mesmo tempo persuasivo quanto à salvação universal e estritamente expiatória em Jesus Cristo. 

Dentre as aplicações da Afirmativa da Fé podemos destacar o emprego de termos que expressam verdades bíblicas quanto à nossa filiação, salvação e exercício da fé. Geralmente, estes termos são usados em prédicas, em estudos bíblicos ou estão presentes de forma escrita no mural da igreja, na recepção ou no templo (algo bem visível). Vejam alguns exemplos de Afirmativas da Fé: 

- Filhos e Filhas de Deus, sejam bem-vind@s!
- Somos preciosos/as de Deus!
- Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus!
- Não nascemos da vontade da carne, nem da vontade humana, mas NASCEMOS DA VONTADE DE DEUS!
- O Espírito comunica com nosso espírito que SOMOS FILH@S DE DEUS!
- Todos os que amam são nascid@s de Deus! 
- Há lugar à mesa para tod@s os nascid@s! 

Esses exemplos acima foram empregados em prédicas e estudos bíblicos, logo no início, como parte da introdução. Neles percebe-se o tom afirmativo da fé, injetando informações necessárias e indispensáveis ao exercício pleno da fé.

A fé como direito originário deve ser exercida e a Afirmativa da Fé tem como objetivo maior criar o ambiente ideal para este exercício. 

Texto por Marvel Souza (Instagram: marvelsouzaoficial)

Saturday, October 3, 2020

Conferência UMC-Next - contribuições do Pastor Marvel Souza


O Pastor Marvel Souza foi convidado a compor uma das mesas de debate na Conferência UMC-Next realizada em maio de 2019 no Kansas Estados Unidos. Esta conferência teve como objetivo maior o fomento de abordagens de Inclusão Eclesial Plena e Liberação Total de Pessoas LGBTQ+  ao Exercício Pleno da Fé. 


No evento, representando cristãos metodistas inclusivos do Brasil, o Pastor levantou uma questão relacionada à institucionalização da fé e a abertura de novas estruturas cristãs abertas à população LGBTQ+. Segundo o Pastor, alguns cristão optam em permanecer em estruturas fundamentalistas e lutar por espaço dentro das mesmas. Outras, por sua vez, escolhem criar novos espaços, onde possam exercer a fé sendo que são, e passam a enfrentar desafios novos, próprios desta nova estrutura. Dentro os quais ele destacou:

- o sexismo ministerial;
- o proselitismo religioso de pessoas LGBTQ+;
- a desordem ministerial, doutrinária e administrativa;
- o preconceito interno;
- a falta de formação e capacitação teológica.

SEXISMO MINISTERIAL

No que tange ao sexismo ministerial, o Pastor Marvel elencou exemplos de igrejas que criam um ambiente onde apenas um gênero se mostra como dominante e detentor da capacidade ministerial, não abrindo espaço para que pessoas de orientação sexual ou identidade de gênero diferentes possam ascender ministerialmente. 

O PROSELITISMO RELIGIOSO DE PESSOAS LGBTQ+

Segundo o Pastor, o desafio de criar um evangelismo humanizado que tem por objetivo maior a pregação do evangelho não só em palavras, mas sobretudo em ações, em muitas igrejas é suplantado pela plano alvo de ter mais e mais fiéis listados no rol de membros e frequentando os cultos. De acordo com o Pastor: "Em muitas instituições cristãs a evangelização surge sem parâmetros, sem planejamento e sem espiritualidade. E pior, sem nenhum vínculo com o discipulado genuinamente bíblico. Nestas instituições, os pastores e presbíteros deixam de se dedicar ao cuidado e acompanhamento pastoral, porque não sabem que tipo de abordagem adotar, ao considerar a especificidade de cada pessoa da sigla". 

DESORDEM MINISTERIAL, DOUTRINÁRIA E ADMINISTRATIVA

Neste ponto, o Pastor Marvel destacou que muitos cristão inclusivos não têm uma profissão de fé, e nem mesmo seus líderes possuem uma declaração de missão, por considerarem que igreja é culto e apenas culto. Quando muito, intercalam cultos, eventos e ação social. Nas palavras do Pastor: "Uma Igreja que têm cultos, eventos e ação social, mas não possuí uma profissão de fé e seus líderes não têm claramente definida qual é a sua missão, é como um construtor que desprezou as bases e início a obra da casa pelo telhado". 

Outro aspecto destacado diz respeito à administração física da instituição, que na maioria das igrejas não é definida - não se sabe qual é o perfil eclesiástico da denominação. O que ocasiona uma confusão teológica e ao mesmo tempo priva a instituição do exercício eclesiástico pleno e legal. À exemplo disso, o pastor citou o caso de Igrejas que trabalham inclusão eclesial de pessoas da sigla e nunca realizaram um casamento religioso com efeito civil, porque não sabem que gozam deste direito, ou não estão legalmente regularizadas para tanto. 

Ademais, segundo o Pastor, toda Igreja deve ter uma carta de serviços eclesiásticos na qual os seus membros, visitantes e sociedade encontrem os serviços eclesiásticos que são disponibilizados, fundamentados nos documentos da igreja e no respaldo legal. 

PRECONCEITO INTERNO - TENSÃO ENTRE AS SIGLAS

Durante sua trajetória ministerial em igrejas fundamentalistas e igrejas de inclusão de pessoas LGBTQ+, o pastor Marvel elencou algumas situações que comprovam que há uma tensão entre as siglas no que diz respeito à aceitação e celebração de todas as pessoas das siglas. Nesta tensão, de acordo com relatórios pastorais apresentados, pessoas trans e travestis têm dificuldade em se sentir acolhidas, porque não encontram nas igrejas inclusivas trabalhos que as contemplem, promovendo inserção social e eclesial. 

O pastor relatou que ouviu de um cristão gay praticante que se seu líder fosse uma pessoa trans ou travesti, ele jamais continuaria na sua igreja, pois não acredita que estas pessoas podem ser habilitadas para o exercício ministerial como clérigos. 

Em outra feita, o pastor disse ter ouvido um pregador dizer que bissexualidade não existe, que trata-se de uma desculpa usada pelas pessoas que não querem se assumir como gays ou lésbicas. 

A FALTA DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO TEOLÓGICA 

No que atine à formação e capacitação de líderes que trabalham com Inclusão Eclesial de pessoas LGBTQ+, o Pastor Marvel destacou a quase inexistência de formação ou capacitação teológica comprovada dos mesmos. O que prejudica a estruturação e a manutenção doutrinária das instituições de inclusão. O pastor atribuiu isso, em grande parte, à falta de cursos específicos e acessíveis aos líderes LGBTQ+ . 

De acordo com o pastor, o movimento inclusivo nasceu e cresceu no Brasil basicamente fundamentado em novas interpretações dos textos garrotes (textos bíblicos utilizados para condenar pessoas LGBTQ+), e se esqueceu que não basta defender a fé, é preciso exercê-la plenamente. A Teologia Inclusiva, infelizmente, se sobrepôs à Teologia Prática e Pastoral. Na visão do pastor, estas deveriam caminhar juntas dentro de um novo contexto para suas aplicações.

Nas palavras do pastor: "Explica-se porque alguém é aceito, mas não se consegue fazer com que este alguém crie raízes na fé e frutifique. Acharam um lugar que as aceita, mas não as celebra plenamente como filhos e filhas de Deus. Como na história do filho pródigo foram recebidas pelo Pai, mas ainda não cruzaram os portões da casa para celebrar e serem celebradas. Ainda estão ao portão chorando suas dores". 

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