Monday, August 24, 2020

ENTENDIMENTO BÍBLICO SOBRE A HOMOSSEXUALIDADE

 

ENTENDIMENTO BÍBLICO SOBRE A HOMOSSEXUALIDADE


Geralmente são mencionadas 14 passagens Bíblicas na discussão sobre a homossexualidade:

  • Gênesis 1:27-28 e 2:18-25;
  • Gênesis 19;
  • Levítico 18:22 e 20:13;
  • Deuteronômio 23:17;
  • 1Reis 14:24; 15:12; 22:47; 2Reis 23:7;
  • Romanos 1:18-32;
  • 1Coríntios 6:9-11;
  • Efésios 5:33;
  • 1 Timóteo 1:10.

Algo muito importante nesta discussão:

Não há registro na Bíblia Sagrada de que Jesus ou qualquer um dos profetas do Antigo Testamento tenham feito qualquer referência às pessoas LGBTQI+.

Gênesis 1 e 2:

  • Gênesis 1 (relato posterior)→ descreve o objetivo da união entre Adão e Eva como sendo a multiplicação e o domínio sobre a terra;
  • Gênesis 2 (relato mais antigo)→ descreve a relação entre Adão e Eva no sentido de destinar-se ao companheirismo total.
No Antigo Testamento a procriação era A DIRETRIZ PRIMÁRIA, o mandamento primário. A primeira diretriz era: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra”. A não procriação prejudicava a humanidade, a economia, a família, a herança de terras etc. Se você fosse gay, ainda assim seria obrigado a procriar. Tão importante era a procriação que, se seu irmão morresse sem herdeiros, era seu dever fazer sexo com a esposa dele para dar um herdeiro ao seu irmão... e esse era seu dever, mesmo que você tivesse uma esposa, você deveria cumprir isso. Mais uma vez, a procriação era uma necessidade moral, social, familiar e financeira. Então, naquela época, concubinas e/ou ter várias esposas era considerado apropriado e aceitável ​​devido ao mandamento primordial sobre a procriação.

Gênesis 19:

  • V.4 – A reação das pessoas daquela cidade revela um dos motivos pelos quais todas foram exterminadas: a falta de hospitalidade, em especial, no que atine aos mensageiros de Deus. Por isso, Jesus usa o exemplo de Sodoma para proferir condenação sobre as cidades impenitentes que não receberam bem a sua pregação – leia: Mateus 11:20-24. A hospitalidade era tão importante que, de acordo com a lei mosaica, todos os judeus deveriam praticá-la – leia: Êxodo 22:21.
  • V.5-8 – Traga-os para fora a fim de que os conheçamos – trata-se de um estupro em massa de dois homens, que seria cometido por um grupo de homens, algo que é condenado por toda e qualquer religião e por todo e qualquer código moral de que se tem conhecimento.
  • V.5 – O termo ‘conhecer’ é empregado por várias vezes no Antigo Testamento referindo-se ao ato sexual. Por isso, Ló oferece suas duas filhas para serem abusadas sexualmente no lugar dos anjos. (V.8). para que os conheçamos – esta frase se refere ao estupro coletivo que os homens daquela cidade queriam fazer com os hospedes de Ló, possivelmente por meio do coito anal. É importante entendermos que nenhuma forma específica de atividade sexual é única de uma orientação sexual, seja ela heterossexual ou homossexual – casais fazem sexo anal, vaginal, oral, por meio de toques, masturbação, manipulação do parceiro(a) e beijos, independentemente da orientação sexual. Assim sendo, a narrativa bíblica não imprime um estigma sobre um grupo específico de pessoas, mas revela como Deus se comporta diante de pecadores impenitentes que não recebem sua palavra, sejam eles heterossexuais ou homossexuais.

Gênesis 19:

  • V.8 – O fato de Ló oferecer suas duas filhas para serem estupradas reflete o caráter machista das sociedades antigas, em que as mulheres eram consideradas uma subcultura.
  • V.9 – ele é estrangeiro – evidencia o porquê de quererem maltratar os hospedes de Ló: eram estrangeiros, assim como Ló o era também.

Levítico 18:22 e 20:13:

  • Para os hebreus, o homem era a imagem e semelhança direta de Deus (Gênesis 1:27), mas a mulher era considerada propriedade do homem (Êxodo 20:17). Então, deitar-se com um homem, como se ele fosse mulher, significava reduzir a imagem de Deus a uma propriedade (mulher) que deveria ser dominada. Isso era algo comum nas práticas idólatras que não reconheciam a soberania do Deus dos hebreus. Ou seja, a condenação aqui está atrelada a uma questão litúrgica em que Deus proíbe o seu povo de cultuá-lo como haviam aprendido a cultuar os deuses pagãos na terra do Egito;
  • Esses textos não se referem à homossexualidade, mas a um comportamento sexual proibido entre os homens que viviam um casamento heterossexual ( por isso o uso do termo varão – 18:22 (versão bíblica: Almeida Revista e Corrigida), indicando um indivíduo casado).
  • Por esse prisma, há uma preservação divina do matrimônio, e não uma condenação à homossexualidade, transexualidade ou travestilidade.
  • Outro aspecto importante diz respeito ao cumprimento da primeira diretrez divina: "multipliquem-se e encham a terra". Os hebreus consideravam que o homem carregava consigo as sementes da vida. Assim, o ato sexual deveria exclusivamente cumprir seu propósito; a saber, a reprodução.

Deuteronômio 23:17:

  • Tanto na cultura dos egípcios como na cultura dos cananeus eram comuns os cultos aos deuses da fertilidade. Nestes cultos as pessoas, além de apresentarem ofertas de alimentos e sacrifícios de animais, também cultuavam com o corpo, em referência à procriação humana. Nos rituais, crianças e adultos se envolviam em orgias sexuais.
  • Nos templos pagãos, era comum a presença das prostitutas do templo. Ademais, a palavra “Abominação (tôebhah)” está relacionada, em especial, à práticas idólatras associadas ao ato sexual.

1Reis 14:24; 15:12; 22:47; 2Reis 23:7:

  • Relatos sobre a instalação e abolição da prostituição no templo em diversas épocas durante o período da monarquia.
  • Estes textos não fazem referência alguma à homossexualidade, transexualidade, ou travestilidade.

Romanos 1:18-32: 

  • O texto se refere novamente ao sexo atrelado a ações idólatras;
  • O texto condena o abandono da orientação sexual;
  • Na época não havia uma concepção formada sobre opção sexual, condição sexual ou orientação sexual;
  • O contexto não se refere à relações homoafetivas, pautadas em amor, cumplicidade, fidelidade e santidade.

1Coríntios 6:10:

  • Os termos “Efeminados” e “Sodomitas” são empregados em algumas versões bíblicas, tendenciosamente, para corresponder às palavras gregas “Malakoi” e “Arsenokoitai”, que significam, respectivamente, em uma tradução pura e coerente com as Escrituras Sagradas: “Imorais” e “Pervertidos”. Ou seja, o texto de 1Coríntios 6:10 não se refere a homossexuais, mas a todos aqueles que são sexualmente imorais e pervertidos.
  • Inclui-se no grupo dos pervertidos todos aqueles que violentam sexualmente outra pessoa (pederastas, pedófilos, estupradores).
  • No grupo dos sexualmente imorais, estão os (as) depravados (as), promíscuos (as) e prostitutos (as).

Efésios 5:33:

  • Refere-se à afirmação da relação entre Cristo e seu corpo, a Igreja, e a relação entre marido e mulher;
  • Se este texto estivesse se referindo à relação homem-mulher como a única possível para os cristãos, a consequência seria que o celibato igualmente é pecaminoso. Algo que o próprio Apóstolo Paulo ensinou – 1Coríntios 7:8.
1 Coríntios 6:9-10 e 1 Timóteo 1:10:

O grego que aparece nestas passagens, que se traduz geralmente como “homossexual” é arsenokoites (1 Coríntios também inclui a palavra grega malakos). Traduzindo estas palavras como “homossexual”, um termo que não existiu até o final do século dezenove, levou muitos a conclusão de que os homossexuais não herdarão o reino de Deus. Mas arsenokoites malakos não se referem ao que hoje chamamos de uma relação íntima homossexual.

Malakos significa literalmente “suave”, um termo que se utiliza na literatura antiga para fazer referência a “crianças afeminadas”. Também poderia ser uma referência a uma relação de pederastia, onde um homem assume a posição passiva de uma mulher ou a “suave”.

Nunca devemos nos esquecer que Paulo está escrevendo no contexto social greco-romano. Fazemos injustiça à Bíblia quando lemos as Escrituras com uma compreensão moderna da intimidade sexual comparada ao ethos cultural existente em seu próprio tempo. No mundo grego antigo, a pederastia — uma relação sexual entre adultos e crianças — era muitas vezes comum e praticada extensivamente como um tipo de ritual de iniciação masculina. Os costumes sexuais gregos influenciaram a cultura romana, com a ressalva de que as relações entre o mesmo sexo entre os romanos em geral se davam entre um amo e seu escravo. É a este mundo greco-romano que Paulo escreve suas cartas.

Arsenokoites é mais difícil de traduzir porque o termo parece ter sido cunhado por Paulo, não aparece em outras literaturas antigas nem é utilizado por autores posteriores. Arsenokoites denota o papel passivo adotado pela prostituição masculina. Se levamos em consideração que havia mais de mil prostitutas e prostitutos que trabalhavam em Corinto no templo de Afrodite e que a prostituição masculina se praticava amplamente na Grécia, 1 Coríntios e 1 Timóteo poderiam estar se referindo a estes prostitutos, concretamente os prostitutos masculinos que ainda eram crianças?

O que estas passagens bíblicas condenam, portanto, é a pedofilia e a prostituição masculina (comparada à prostituição feminina que parece ser dada como óbvia), não uma relação de amor entre homens.

 

OS TEXTOS BÍBLICOS NÃO TRATAM SOBRE HOMOSSEXUALIDADE, MAS SIM, SOBRE COMPORTAMENTOS SEXUAIS ADÚLTEROS, INCESTUOSOS, IMORAIS (DEPRAVADOS, PROSTITUTOS), PERVERTIDOS (PEDÓFILOS E ESTUPRADORES) IDÓLATRAS (PROSTITUTOS CULTUAIS), QUER SEJAM COMETIDOS POR HETEROSSEXUAIS, OU POR PESSOAS LGBTQ+.


Texto: Reverendo Marvel Souza 

Para mais explicações sobre os textos bíblicos que são usados para condenar pessoas LGBTQIA+, adquira a revista "Teología Queer". Clique no seguinte link e confira: http://www.direitoafe.com/2021/01/revista-teologia-queer-apologetica-e.html

Tuesday, August 18, 2020

DERECHO A LA FE - MANIFIESTO PASTORAL

Derecho a la Fe

¡LA FE COMO DERECHO ORIGINAL NO TIENE QUE SER DEFENDIDA Y SI EJERCIDA!


Texto por Marvel Souza.

Traducido por Michael Martinez.

“Entendiendo que la palabra de Dios es simplemente inclusiva, manifiesto aquí mi apoyo a todas y cada una de las denominaciones cristianas que hacen de esta creencia el elemento rector de su vida y práctica. Es fundamental resaltar el coraje de hombres y mujeres que, impulsados ​​por el dinamismo y la audacia del Espírito Santo, han insertado el tema “Inclusión Eclesial Plena de las personas LGBTI+” en sus agendas de discusión (en asambleas, consejos o reuniones de trabajadores), aclarando malas interpretaciones sobre la salvación por medio de la gracia, por la fe, que es una don de Dios, ofrecido a todas las personas, independientemente de su origen étnico, edad, nivel socioeconómico, género, identidad de género u orientación sexual”.

Un estudio realizado entre más de mil congregaciones cristianas estadounidenses reveló que casi la mitad de las iglesias en los Estados Unidos ya se permiten abiertamente como miembros a gays y lesbianas que tienen relaciones a largo plazo. El estudio también muestra que aproximadamente uno de cada tres también permite que los gays y lesbianas ejerzan posiciones de liderazgo voluntarias (las estadísticas son del “Estudio de Congregaciones Nacionales 2012”, realizado por la Universidad de Duke, y muestran un aumento en la aceptación de gays y lesbianas en congregaciones religiosas).

“Queremos que la vida de los creyentes LGBTI+ sea tan normal como la de los demás”, esa declaración vino del pastor de una Iglesia Bautista Wishire en Dallas, Estados Unidos, luego de una votación en la que el 61% de las personas decidió que, de ahora en adelante, los creyentes gays y lesbianas, así como los heterosexuales, tienen pleno derecho al matrimonio y a puestos de liderazgo dentro de la congregación.

Aquí en Brasil, el progreso es lento pero constante: algunas iglesias históricas se están abriendo a una nueva comprensión del ejercicio pleno de la fe por parte de las personas LGBTI +.

Concluyo este manifiesto a favor de todos los que comprenden que somos justificados gratuitamente por la fe en Jesús (Romanos 3: 24-26), con las palabras de Martín Lutero:

“¿Crees que la obra de Cristo en la tierra se puede hacer en paz? La Palabra del Evangelio, llena de majestad y poder, no puede avanzar sin peligro o guerra. El Señor no vino a traer paz, sino espada. Mientras el enemigo no deje de levantar la voz, no retiraré mis manos del combate. ¿No combate Cristo con tu propia sangre? ¿Y no siguieron su ejemplo los mártires después de él?

La fe es un derecho original otorgado por Dios a sus hijos e hijas cuando fueron creados. No podemos alejar a este derecho a la administración de nadie, y mucho menos a aquellos que no nos ACEPTAN y no nos CELEBRAN como hijos e hijas de Dios, siendo quienes somos. Este es el momento de soplar el polvo de la teología gastada en el tiempo y dejar que la gracia divina haga lo que solo ella sabe hacer a la perfección: SER SIMPLEMENTE INCLUSIVA”.



Friday, August 7, 2020

LA CENA ES DEL SEÑOR - ¡COMUNIÓN ABIERTA!

LA CENA ES DEL SEÑOR - ¡COMUNIÓN ABIERTA!

Una de las características del Metodismo durante más de 280 años es la Comunión Abierta, a través de la cual todos son bienvenidos a la Cena del Señor, independientemente de cualquier cosa.



El himno “Para todos los nacidos” retrata la creencia metodista sobre la Cena del Señor: “Hay lugar en la mesa para todos. Hay pan, agua y vino para todos. Para todos los nacidos, hay espacio en la mesa” ...

Entre las iglesias históricas, el movimiento Metodista se ha fortalecido en la creencia y práctica de que nadie puede ser impedido de participar en este sacramento, ya sea rico o pobre, mujer o hombre, niño o adulto, heterosexual o LGBTQIA+, bautizado o no, ninguno puede ser impedido de acercarse a la mesa, ya que la cena no es metodista, la invitación no es metodista, ¡LA CENA ES DEL SEÑOR Y LA INVITACIÓN ES DEL SEÑOR!

La Iglesia Metodista Reconciliadora de Brasil, la Iglesia Metodista IPG celebra la Comunión Abierta, a través de la cual todos pueden ser parte de este momento de comunión de todos los hijos e hijas de Dios. En su comprensión y práctica, la Comunión Abierta se basa en tres pilares. Están son:

  1. Aceptación: la aceptación y la voluntad divina y deben ser la base de hacer de todos los cristianos: Deuteronomio 1:17; Malaquías 2:9 y Hechos 10:34-35.


  1. Celebración: la aceptación debe ir acompañada de la celebración de quiénes somos y la importancia que cada uno de nosotros tiene para la composición del cuerpo de Cristo: 1era de Corintios 12:13-31.


  1. Afirmación: para ser aceptados y celebrados debemos consolidarnos, recibir la capacitación que nos ayudará en el ejercicio pleno de la fe.

Sobre la base de estos tres pilares, la Iglesia Metodista Reconciliadora IPG ha desarrollado acciones de Inclusión Eclesial Plena de personas del colectivo LGBTI+, formando y capacitando teológicamente para el ejercicio pleno de los dones y ministerios del Espíritu Santo.


Texto por Marvel Souza

Bible Study Recap - October 1

📖 Bible Study Recap – October 1 Matthew 14–15: Grace that Provides, Heals, and Transforms On October 1, our Bible Study at Jason Lee Mem...