Saturday, May 1, 2021

PASTORES NA LINHA DE FRENTE NO COMBATE À PANDEMIA

Você sabia que muitos Pastores fazem parte da linha de frente no combate à pandemia? 


Apesar de não terem a sua classe trabalhista reconhecida formalmente com carteira de trabalho assinada, muitos líderes eclesiásticos desenvolvem funções essenciais durante a pandemia, como a realização de sepultamentos, a capelania (visitas e acessoramento de pessoas internadas em hospitais e órgãos de assistência social), a distribuição de alimentos e roupas à pessoas carentes, a administração do patrimônio da igreja, o atendimento e acompanhamento pastoral e, etc.

Isso nos leva a refletir sobre a importância de orarmos pelas nossas lideranças e apoiarmos os seus trabalhos, fazendo com eles/elas não se sintam abandonados afetivamente pelos seus liderados; algo que é muito comum no meio cristão, onde as pessoas preferem ocupar o lugar dos que precisam ser ajudados, mas não nunca se mostram solicitas para ajudar a outros - é a prática do sempre venha a nós o vosso reino!

A fé não é egoísta, tão pouco indiferente, toda fé genuína se preocupa e apoia o bem. Além de enfrentar o esvaziamento dos templos, devido aos cuidados necessário neste tempo de pandemia, não são poucos os líderes eclesiásticos que têm de lidar com o esvaziamento afetivo, no qual não encontram apoio para continuar salvando, consolando e edificando vidas. 

Assim como muitos profissionais da saúde estão se mobilizando para tratar das enfermidades causadas pela atuação no combate à pandemia, os cristãos precisam alinhar os corações em fé, esperança, amor, empatia e orações pelos seus líderes e uns para com os outros, a fim de que mesmo em meio às dificuldades o evangelho continue sendo exercido. 

Texto: Reverendo Marvel Souza (Instagram:@marvelsouzaoficial)

Thursday, April 29, 2021

DÁDIVAS DO CALVÁRIO: FAMÍLIA DIVERSA

Como você se identifica com Deus?  Um pai presente, uma mãe amorosa, um filho obediente até a morte de Cruz?


Lembre-se: Deus se revela à humanidade em termos familiares - Ele é pai, Ele é filho e Ele ama como uma mãe. 

A nossa identidade familiar deve ser gerada em Deus, pois ele é o maior referencial de família que temos. Nele mesmo reside a família divina e para Ele deve convergir toda família humana.

"(... ) todas as famílias tomam o seu nome, tanto no Céu quanto na terra" - (Efésios 3:15). 

A família é constituída como representação física da maneira como Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito se relacionam entre si como família divina. A família é o berço, o princípio e o ambiente microssocial onde @s herdeir@s do céu iniciam sua caminhada. Onde aprendem valores e a se relacionarem como cidadãos dos Céus.

Quando Jesus estava na cruz entregando sua vida por toda a humanidade, Ele teve tempo para conferir a João, o discípulo amado. os cuidados da sua mãe, pois reconhecia em João a pessoa perfeita para cuidar daquela que lhe dera à luz (João 19:26-27). 

O Cristianismo teve sua perpetuação garantida não apenas pelo trabalho dos discípulos de Jesus, mas também pelo empenho da sua família - sua mãe e seus irmãos (Mt 13:55-56; Lc 8:20; Mc 6:3; At 1:14).

A família de Jesus é a mais pura comprovação de que não existe um padrão único de estrutura familiar possível na Bíblia, já que este não foi concebido pela relação carnal entre Maria e José, mas foi acolhido e cuidado por José como se fora seu filho. Ademais, sua mãe e seus irmãos estiveram presentes em seu ministério e desempenharam um papel importantíssimo na propagação do Evangelho.

A entrega de Maria a João representa a entrega da família aos laços de amor e cuidado, porque este é o verdadeiro significado de família. 

Para além da definição etimológica da palavra família - "escravo doméstico", família se define pelos laços de afetividade entranháveis que devem haver nos relacionamentos, sendo o amor o fundamento maior.  

Texto: Reverendo Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)





DÁDIVAS DO CALVÁRIO: ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo continua atuando na vida e na prática da igreja de Cristo, consolando, ensinando, intercedendo, dando poder e sobretudo, comunicando ao nosso coração que somos filhos e filhas de Deus...


As evidências extraídas dos ensinos bíblicos revelam que o Espírito Santo não é uma força impessoal e sim Deus, a terceira pessoa da trindade. Não há vida cristã abundante sem o agir do Espírito Santo, pois Ele é quem torna a fé dinâmica, dando-nos compreensão exata da vontade de Deus. A história da igreja relatada no livro de Atos torna notório o triunfo da obra de Jesus em enviar os seus discípulos, levando-os a presença de reis, governadores, autoridades, pobres e ricos - todo sucesso que houve dependeu da atuação do Espírito Santo na vida de homens que se dispuseram a propagar o Evangelho. Cumpriu-se o que fora dito por Cristo, “o Espírito guiou os discípulos em verdade”.

O Espírito Santo é uma das Dádivas do Calvário, pois o próprio Cristo disse: "se eu não for, Ele não virá" - (João 16:7). O Espírito Santo é o OUTRO CONSOLADOR,  Jesus foi o primeiro CONSOLADOR. O Espírito Santo daria continuidade à obra iniciada por Jesus: João 14:15-18 "Se vocês me amam, guardareis os meus mandamentos. "E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para estar com vocês para sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita com vocês e estará em vós. "

A obra do Espírito nas palavras de Jesus: "Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado. " - (João 16:8-11).

O cumprimento da promessa - A efusão do Espírito Santo: Atos 2: 16-18: "Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos; e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão."

O Espírito Santo continua atuando na vida e na prática da igreja de Cristo, consolando, ensinando, intercedendo, dando poder e sobretudo, comunicando ao nosso coração que somos filhos e filhas de Deus.

Texto: Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)

Tuesday, April 27, 2021

DÁDIVAS DO CALVÁRIO: RESGATE E PERDÃO

Série de pregações "Dádivas do Calvário" com o Reverendo Marvel Souza...

Primeira Dádiva: REDENÇÃO E REMISSÃO (Resgate e Perdão).


A Redenção e a Remissão promovidas por Jesus por meio do seu sacrifício expiatório encontra respaldo bíblico em Colossensses 1:13-22; 2:10-15 . E na carta do apóstolo Paulo aos Efésios, capítulo 1, verso 7: "Temos a redenção pelo seu sangue". 

Para além da imagem de dor e sofrimento do Calvário, devemos enchergar o propósito de Cristo: "Resgatar toda humanidade, que estava morta em seus pecados e transgressões" - Efésios 2:1-3. A morte de Jesus traria vida à humanidade, seu sofrimento e suas feridas promoveriam libertação e purificação. Moído por nossas transgressões, Ele conquistou cura para nossas enfermidades. Morto pelos nossos pecados, Ele garantiu vida em abundância. Ressurreto pelo poder de Deu, Ele legitimou nossa filiação.

A "Redenção" então significa o maravilhoso resgate que Cristo trouxe à humanidade por meio do seu sacrifício no calvário: "Em Cristo temos plena redenção (... )" - Colossensses 1:14.

A condição na qual toda humanidade se encontrava é descrita pelo apóstolo Paulo como a destituição da glória de Deus (termo equivalente ao empregado na descrição do momento em que o diabo e seus anjos foram destituídos do direito celeste): "Todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus" - Romanos 3:23.

O termo "Plena Redenção",  empregado por Paulo, na sua carta aos Colossensses, evidencia a perfeição do sacrifício de Cristo em contra partida aos sacrifícios de animais, que tinham como objetivo apaziguar a situação pecaminosa da humanidade perante Deus. O resgate promovido por Cristo revelou à humanidade a "Santificação Posicional" - transposição das trevas para o Reino do filho do seu amor (Colossensses 1:13). Pelo sacrifício de Cristo todos podem galgar uma nova condição perante Deus.

O resgate promovido por Cristo atinge três esferas da condição humana em relação ao pecado:

1. Jesus liberta do pecado - "Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" - (João 1:29);
2. Jesus liberta da condenação do pecado - "Recebemos vida por meio do sacrifício de Jesus" - (Efésios 2:1-5);
3. Jesus liberta do corpo do pecado - "Temos a promessa de que nosso corpo será transformado plenamente, revestindo-se de incorruptibilidade" - (1Coríntios 15:51-54);

Ademais, o sacrifício de Cristo promove uma libertação interior que posiciona seus seguidores em relação ao mundo, ao ponto de entenderem o que significa "Estar no mundo, mas não pertencer ao mundo" - (João 15:18). Aqui reside o significado maior de ser "Igreja de Cristo", a saber: "Ser chamado para fora do mundo, para uma nova vida, identificando-se com a nova pátria celestial"".

A "Remissão" por sua vez nos prova o grande amor de Deus em misericórdia, capaz de suplantar multidão de pecados. Se mediante a "Plena Redenção" somos resgatados, mediante a ação remidora de Jesus somos purificados: "o sangue de Jesus Cristo nos purificada de todo pecado" - 1 João 1:7.

A ação redentora nos libertou do império das trevas, a ação remidora cancelou todos os efeitos possíveis do pecado. Fomos reposicionados e legitimados como filhos e filhas de Deus, e ninguém pode contra isso.


Texto: Reverendo Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)

Sunday, April 25, 2021

EU ESCOLHI MINHA FILHA!

Diante de uma plateia de 5.000 pessoas ela contou sobre um telefonema recebido que mudou toda sua vida para sempre - era sua filha na ligação: "Mãe, eu acho que sou bissexual...


Ao ouvir isso, ela buscou suporte na sua comunidade de fé que lhe disse: "você precisa escolher entre sua igreja e sua filha".

Ela ama sua comunidade fé e ama sua filha também! Em uma pausa dramática,  diante das 5 mil pessoas presentes, com lágrimas nos olhos, ela disse: "EU ESCOLHI MINHA FILHA!".

São muitas as pessoas que se veem na mesma situação e precisam decidir entre as coisas que amam, e as pessoas a quem amam. Muitas mães são persuadidas a escolher a comunidade de fé, sob a alegação de que a Igreja sempre está correta em suas decisões sobre a vida humana. No entanto, está cada vez mais claro que as decisões religiosas que colocam a comunidade LGBTQI+ à margem do convívio religioso harmonioso, são um grande equívoco que precisa ser corrigido urgentemente.

Muitos religiosos têm carregado em suas mãos o sangue de inocentes que comentem suicídio ou são assassinados por serem quem são - um grande massacre vem acontecendo. Precisamos de uma intervenção urgente no meio religioso fundamentalista, que é arcaico, impraticável, desprovido de amor, e que julga e condena as pessoas ao inferno. Infelizmente, estes religiosos trocaram o exercício do amor, do respeito, da misericórdia e da aceitação pela toga dos tribunais, tornaram-se juízes.

"EU ESCOLHI MINHA FILHA!" - esta, de fato, foi uma decisão acertada.  Decidir pela vida humana, a despeito das liturgias, costumes, tradições e interpretações bíblicas equivocadas, é inteligência afetiva - O AMOR DEVE PREVALECER EM TODAS AS COISAS!





Texto: Reverendo Marvel Souza (@marvelsouzaoficial)

Monday, April 5, 2021

O DESFAVOR RELIGIOSO

Castigo Divino? - Os fariseus e o desfavor da opinião legalista sobre o ator Paulo Gustavo:


Lendo uma reportagem sobre a intubação do ator Paulo Gustavo (a Dona Herrmínia - minha mãe é uma peça), fiquei estarrecido com a quantidade de evangélicos fundamentalistas que dizem que ele está  com o caso grave da COVID-19, porque vive uma vida de pecado com seu marido, o médico Thales Bretas.

É triste constatar que a classe farisaica da religião ainda persiste firme e forte julgando as pessoas, assentada na cadeira de Moisés (Mt 23:2). Para eles, quando um ente querido evangélico fundamentalista sofre, é porque está sendo provado/a por Deus. E quando vai a óbito, é porque Deus tomou para si. Há quem diga que a pandemia é o próprio arrebatamento da igreja. Por outro lado, quando um homossexual, ou qualquer outra pessoa que não compactua da mesma fé e prática cristã deles, o julgamento é sempre o mesmo: se sofre, é porque está sendo punido por Deus; se morre, vai para o inferno. 

Até quando esta guerra de interesses continuará manipulando a grande massa de evangélicos? Pastores, denominações, entidades religiosas, imprensa religiosa e mídia religiosa fundamentalistas ao serviço dos interesses dos fariseus do nosso tempo, geram uma multidão de legalistas e judicialistas, hipócritas, sem amor próprio e consequentemente, sem amor ao próximo. Eles oferecem o desfavor de dar opiniões cheias de julgamentos temerarios.

Coloco-me em oração, para que ele, Paulo Gustavo, assim como tantas outras pessoas que estão internadas, sarem logo e sejam devolvidos para seus familiares. E ao mesmo tempo oro para que vençamos esta pandemia com fé, esperança, amor, respeito e inteligência, fazendo o que é certo: usando máscara, ficando em casa, higienizando as mãos com mais frequência e tomando a vacina. Saúde e bom senso a tod@s!

Texto: Reverendo Marvel Souza (instagram: @marvelsouzaoficial)

Sunday, April 4, 2021

Sábado Santo: Jesus está morto e sepultado

Do alvoroço da multidão ao silêncio da tumba fria, Jesus é sepultado. Chegamos ao Sábado Santo (João 19:31-42). 

Este é o sábado do silêncio, da tristeza da morte e da dor da perda. Os discípulos estavam desolados e não conseguiam ligar os pontos das profecias - seria este o fim do ministério de Jesus?

Pedro havia chorado arrependido por tê-lo negado, judas já havia dado cabo da própria vida - todos estavam sem norte. Cumpria-se a profecia: "ferirei o pastor e as ovelhas se dispersarão" (Mateus 26:31). 

O ambiente fúnebre não permite que os discípulos interpretem os ensinos de Jesus sobre sua morte e ressurreição. Eles estavam tomados pela dor da perda. Algo que é comum a vida humana: achar que a morte é o ponto final. Isso aconteceu com marta e Maria quando Lázaro morreu (João 12). Elas chegaram a dizer para Jesus: "se o Senhor estivesse aqui, meu irmão não teria morrido". Ao que Jesus respondeu: "quem crê em mim, ainda que morra viverá. E todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá". 

O Cristo que havia ressuscitado muitos mortos durante seu ministério, agora jaz em uma tumba. O que há de ser da esperança e da fé? Esse sábado, no qual Jesus está sepultado não está distante de nós e nos ensina a compreender a morte a partir de outra perspectiva: "Ele venceu a morte para nos garantir que nós também venceremos nele. A vida eterna com Deus agora é possível por meio do sacrifício expiatório". 

Por fim, devemos resgatar um exemplo bíblico que ilustra com radicalidade o significado profundo da morte. A cruz e a morte experimentada nela por Jesus não foram acidentes de percurso. A morte de Jesus de Nazaré foi consequência de sua vida. Sua intransigente opção pelo bem e pelo amor o fizeram ter de encarar as ameaças da cruz. Como não recuou um milímetro em sua opção, a morte levantou-se como inevitável e é exatamente nesse sentido que a morte passou a fazer parte de sua vida; e, mais ainda, a morte deixou de ser fim e passou a ser inauguração de uma nova dimensão da caminhada: a ressurreição.

O Cristo ressuscitado é o mesmo Jesus crucificado; carrega as mesmas chagas. A vida, porém, ascendeu a um novo patamar onde as fronteiras entre vida e morte ruíram e um Ser Humano novo, recriado, passou a viver plenamente!

É isso – Tempus Fugit! Carpe diem!

Texto: Reverendo Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)

Thursday, April 1, 2021

Quinta-feira Santa: a Ceia do Senhor

Hoje, Quinta-feira Santa, momento que nos traz à memória a humildade de Jesus, a comunhão entre os filhos e filhas de Deus e a instituição da Ceia do Senhor (1Coríntios 11:23-33). 

Tendo anunciado aos seus discípulos que seria traído, mas que era necessário que assim o fosse, Jesus retira sua túnica, deita água em uma bacia, com uma toalha sobre seus ombros, em uma atitude de humildade, ele se curva para lavar os pés dos seus amados. É como se a história da salvação estivesse sendo contada novamente em uma bela e verdadeira encenação de "lava pés" (João 13:1-17)  - o mestre toma a posição de servo, humildemente estendendo aos pecadores a graça divina.  

Sua humildade foi precedida pelo seu amor. Ele estava decidido a amar os seus até às últimas consequências da sua vida e obra: "tendo amado os seus, amou-os até o fim" (João 13:1). 

Era de vital importância que os discípulos entendessem este momento como uma aula prática do que eles deveriam fazer para permanecer em comunhão. Lavar os pés uns dos outros, na verdade tinha a ver com a maneira como eles deveriam proceder no tratamento de uns para com os outros - sempre tendo em honra o seu próximo, estando dispostos a assumir a posição de um humilde servo para fazer com que a graça divina se estenda a todos, independentemente de qualquer coisa.

Aquele momento entraria para a história como a grande lição divina de humildade, comunhão, diversidade, igualdade, inclusão e devoção. Estando à mesa, todos os seus discípulos consigo, Jesus chama para si pessoas imperfeitas - Judas que o trairia, Pedro que o negaria, Tomé que duvidaria da ressurreição e todos que no momento do desespero o abandonariam. Jesus conhecia cada uma daquelas pessoas e sabia de tudo que aconteceria. No entanto, nada e nem ninguém foi capaz de impedir que sua devoção ao plano da salvação fosse cumprido. 

A ceia realizada naquela noite e instituída como memorial da sua entrega e da sua vontade para seus filhos e filhas, ainda hoje é celebrada e devemos trazer sua memória e prática, amando e cuidando uns aos outros, perdoando-nos e humildemente aceitando as diferenças, pois Cristo foi totalmente inclusivo e terminou seu ensino dizendo: "se vocês entendem o que eu fiz, bem-aventurados vocês serão se fizerem o mesmo" (João 13:17).

Texto: Reverendo Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)

Wednesday, March 31, 2021

Quarta-feira Santa: O traidor é anunciado

Chegamos à Quarta-feira Santa - dia que nos faz lembrar do momento em Jesus confirma que um dos seus discípulos o trairia (João 13:21-32). É a Ceia do bacado molhado! 


Jesus diz que aquele para quem ele entregasse o bacado de pão molhado, este seria o traidor. Imagine você que em um momento solene e de celebração que aquela ceia representava, a notícia e o apontamento do traidor fez com que os discípulos ficassem atônitos e interrogativos quanto aos motivos pelos quais Judas faria tal coisa.

Eles sempre estiveram juntos, presenciaram os milagres realizados por Jesus e receberam os seus ensinos e pregações. Por que trair o mestre? Há quem diga que Judas é um exemplo de que a culpa nem sempre está no líder quando um lidrado falha em sua missão. 

Judas estava decido a entregar Jesus para seus inimigos. Havia dado lugar em seu coração para o poder do mal. Talvez por inveja, ganância ou egoísmo. Ele estava dominado pelo mal. O bocado molhado deixa claro que Jesus bem sabia o que se passava na mente de Judas. Mas para além do poder do mal, estava o proposito divino de salvar os pecadores. 

O sacrifício expiatório era a única maneira de redimir os que estavam mortos em seus pecados e transgressões (Efésios 2:1-10). Inclusive, este sacrifício também era por Judas, por isso em nenhum momento Jesus o excluiu, mas permitiu que ele participasse de tudo até mesmo do seu sofrimento. 

De fato, do plano da salvação ninguém pode ficar fora. Há espaço para tod@s!  


Texto: Reverendo Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)

Tuesday, March 30, 2021

Terça-feira Santa - o anúncio da sua entrega

Hoje celebramos a terça-feira santa, momento no qual relembramos o anúncio de que a ida de Jesus a Jerusalém tinha como objetivo maior a sua entrega por nós (João 12:20-36). 


Jesus deixa claro ao anunciar sua morte que isso era necessário acontecer, pois este era o propósito da sua vinda, e essa era a vontade do próprio Deus. Sobretudo, sua morte atrairia pessoas para o plano da salvação. 

Morrer como uma semente de trigo, que só produz fruto após ser enterrada, significa dizer que Ele estava disposto a tomar sobre si as últimas consequências de ter amado seus inimigos, andado com os excluídos e marginalizados, ensinado as multidões a lei do amor, desmantelado o sistema religioso farisaico,  confrontado os maiorais da época com seu clamor por justiça e manifestado o extravaso da graça. Assim como a semente de trigo, Ele estava disposto a morrer para frutificar!

Sua entrega seria sem reservas, por isso ensinou que todo o que deseja seguí-lo deve seguí-lo a despeito da consequência disso, que pode ser a própria morte. Mas Ele deixa claro que o prêmio de tal entrega é a vida eterna e a glória de Deus. 

Deus havia determinado que assim o fosse (Isaías 53), e ninguém poderia impedir isso. A morte de Jesus geraria vida para a humanidade. 

É normal que, assim como Jesus, nos sintamos perturbados sobre a possibilidade de enfrentar a morte, mas não podemos deixar que isso abale nossa missão de filhos e filhas de Deus. Jesus bem sabia da importância do seu ministério e que o cumprimento deste garantiria o triunfo do bem sobre o mal. 

Somos convidados a compactuar desta mesma determinação de Jesus, lutando contra todo e qualquer sistema opressor, escravizador, injusto, perseguidor, excludente e hipócrita, que representa as trevas. Precisamos estar na luz e deixar que esta luz brilhe dissipando toda treva.  

Texto: Reverendo Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)

Bible Study Recap, September 10, 2025

As we continue our journey through the Gospel of Matthew, exploring expressions of grace, our September 10 Bible study focused on chapters 8...