Tuesday, February 18, 2014

ATROPOLOGIA TEOLÓGICA DA SALVAÇÃO

"Por isso, a salvação aponta muito mais para o futuro que para o passado, para o que podemos ser e seremos, muito mais que para o que fomos"...



ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA DA SALVAÇÃO

 "A vida e a ação de Jesus mostram, claramente, que a salvação que Ele realiza em nome de Deus não é tirar-nos de nossa humanidade mas, antes, tirar-nos daquilo que nos impede de sermos humanos. É nesse sentido que podemos entender, por exemplo, os relatos evangélicos que narram as curas e os exorcismos operados por Jesus: são gestos salvadores que devolvem às pessoas a plena capacidade de humanidade.
Nesse sentido fica mais fácil entender que a salvação não é apenas conserto da natureza corrompida pelo pecado, mas muito mais que isso, ela é dom, acréscimo, dádiva, graça, excesso, abundância. Não se trata de refazer o que o humano foi, mais de dar realização plena às suas potencialidades, isto é, fazer com que o humano seja aquilo que é chamado a ser. Por isso, a salvação aponta muito mais para o futuro que para o passado, para o que podemos ser e seremos, muito mais que para o que fomos.

Na teologia e no pensamento moderno, insiste-se no fato de que o homem não tem uma alma e um corpo, mas é alma e corpo. E, na medida em que ambos são corpo e alma do homem, ele é uno: essa unidade deveria ser o aspecto principal. Somente a partir dela é possível à distinção desses dois aspectos ou dimensão, momentos, nunca partes, de seu ser. O homem é corpo, ou seja, existe no espaço e no tempo, é parte deste cosmos, encaminha-se para a morte; é alma transcende os condicionamentos deste mundo, é imortal, e, em última análise, tudo isso tem sentido porque o homem é ser para Deus, é relacionado radicalmente a Ele. Há no homem uma dimensão irredutível ao material e ao mundano, ontologicamente distinta da realidade corporal. A fé cristã mantém esta concepção como algo a que não se pode renunciar, porque só assim pode ter sentido a concepção do homem criado à imagem de Deus, chamado à comunhão com Deus em cristo e à conformidade com o ressuscitado.    

É preciso uma nova compreensão antropológica que se baseie, inclusive, em Jesus de Nazaré que, para a nossa fé, é revelador do ser de Deus, mas também do ser humano. Com efeito, é Jesus que nos revela o que é humano, ou para dizer de outra maneira, o que significa ser humano neste mundo. A compreensão do ser da humanidade, neste sentido, não parte de minha experiência de humanidade, uma experiência fragmentada e incompleta, mas sim da vida de Jesus, o novo Adão, isto é, o fundador da nova humanidade e, por isso, revelador do ser humano.  
Claro que a formulação antropológica da teologia deve levar em conta os avanços da ciência, sobretudo as chamadas ciências humanas, que ajudam a compreender o significado da humanidade. Hoje, existem multiplicas antropologias, isto é, formas de compreensão do significado do humano no mundo. A antropologia neoliberal, que afirma que o ser humano é o consumo, não é a única antropologia possível nos dias de hoje, e por isso pode ser questionada. Existem, também, as antropologias indígenas que afirmam que o ser humano se realiza na festa e na dança, e não no sucesso ou no consumo.

Mas o discurso antropológico da teologia não pode ser simplesmente funcionalista ou ideológico. Tem de ser teológico, o que significa partir da Revelação. É preciso colocar a questão antropológica aos pés de Jesus, e dele aprender o que significa a humanidade que partilhamos. Não posso escolher uma antropologia segundo minhas convicções ou vontades pessoais, mas sim ver qual ou quais antropologias resistem à critica de Jesus. Claro que as ciências humanas podem ajudar-nos a compreender o que Jesus nos revela sobre nossa humanidade, e assim auxiliar-nos a distinguir aquilo que constrói o humano daquilo que não o constrói. Mas o cristão não perde de vista que a Revelação, de Deus e do humano, vem de Jesus. Aqui, desnecessário dizê-lo, reside toda a importância da cristologia: o cruzamento da história de Deus com a história humana, indicando o caminho da salvação."


Texto por Eduardo Rocha Quintella - Estudante de Teologia no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora/MG

Wednesday, January 22, 2014

Peneiras da palavra



Três são as peneiras da palavra:

  • Verdade - só devemos falar o que for verdade 
  • Proveito - só devemos falar o que é proveitoso
  • Momento - só devemos falar no momento certo 


Ao falarmos devemos considerar se o que estamos falando é verdade ou apenas boato. Não podemos reproduzir nada sem antes uma boa peneirada na peneira da verdade. A mentira não agrada a Deus, antes é filha do próprio diabo."(...) é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8:44 última parte)

Após termos peneirado na peneira da verdade, devemos então usar a peneira do proveito. Nem tudo que é verdade deve ser dito - sinceridade demais quebra relacionamentos, traz feridas ao coração. Evite falar o que não tem proveito. Sua palavra tem que ser como semente, deve produzir frutos de alegria. 

A última peneira se refere ao tempo certo de falar, pois em alguns momentos temos algo que é verdade que é proveitoso, mas só devemos falar no momento certo. Evite falar demais, a bíblia diz: "Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo" (Pv 25: 11)

Monday, November 18, 2013

A Simplicidade do Evangelho



Vivemos uma época em que o estrelismo se faz cada vez mais forte ante as conjunturas sociais e religiosas. É comum encontrarmos outdoors com imagens de cantores, artistas, bispos, pastores, padres, etc. Quando isto está presente na exterioridade dos meios é preocupante e, muito mais, quando se faz presente no interior do cristianismo - o pensamento dominado pelo desejo de querer aparecer e fazer sucesso, ser notado/a pelos outros. No que atine à religião, em especial, líderes lutam para mostrar quem trabalha melhor, quem é mais organizado, quem tem eventos mais atrativos, quem prega melhor, quem canta melhor, quem tem o maior número de membros e por fim, quem tem mais poder financeiro. Uma série de pessoas se vê refém de igrejas altamente competitivas, de pensamentos complexos, de fé estressante e vivência religiosa distante da simplicidade do Evangelho - a imagem do Cristo que se assenta para ensinar multidões no monte é substituída pela do grande Deus que está cercado de anjos, riquezas e nos julga severamente todos os atos. As pregações cheias de argumentações que pouco apresentam as verdades divinas, valorizam o ter em detrimento do ser, o obedecer em detrimento da liberdade de expressão, a auto-justificação em detrimento da justiça divina, a vida simples proposta pelo Evangelho é substituída por uma vida cristã perdida nas fábulas teológicas e nas ideologias de homens que precisam ser pastoreados ao invés de pastorear. Perguntado certa feita sobre o possível fim do Metodismo, João Wesley respondeu: "Não me importo se o Metodismo acabar, mas me preocupo que os homens se degenerem e percam a essência do verdadeiro Evangelho". 

O pensamento de Martinho Lutero ao escrever o credo luterano, reflete bem a simplicidade do pensamento religioso direcionado pelo Evangelho: " Creio que Deus criou a mim e a outras criaturas, que me deu corpo e alma, olhos, ouvidos, braços e pernas, razão e sentidos. Que diariamente me provê roupa e calçado, comida e bebida, casa e família, terras e gado, e tudo que possuo. Que supre com abundância todas as necessidades do meu corpo e da minha vida. Que me protege de todos os perigos e me guarda de todo mal. E que faz tudo isso por Sua divina bondade e por puro amor paternal, sem mérito ou merecimento da minha parte. Assim, agradeço e louvo a Deus, a quem servirei e obedecerei."

Deus nos convoca à simplicidade do Evangelho, à vivência pura, pacifica e agradável de sua palavra.  
          

Tuesday, November 12, 2013

Dignificados por Jesus


"A multidão comprimia Jesus de modo que o clamor do cego não era ouvido e a visão do cobrador de impostos impedida de alcançar o mestre Jesus.
Para piorar a situação do cego, alguém o manda calar a boca, pois o mestre não o ouviria. No entanto, cada vez mais alto ele clamava: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim”.
O cobrador de impostos sobe em um pé de figueira, por ser de pequena estatura.
O cego precisa ser ouvido por Jesus.
O cobrador precisa ouvir Jesus.
O primeiro está à beira do caminho.
O segundo em cima de uma árvore também no caminho.
Jesus passa pelo caminho.
O clamor é ouvido.
Zaqueu é visto.
Ao cego Jesus pergunta: “O que queres que eu te faça?”.
Para Zaqueu Ele diz: “Hoje me convém pousar em sua casa.”.
O cego tinha um problema no corpo e queria a cura.
Zaqueu tinha um problema na alma e também queria a cura.
O cego queria ver o mundo colorido, vivo.
Zaqueu precisava ser vivificado para ver as cores de um novo amanhecer.
Jesus cura os dois.
A necessidade considerada deficiência que o cego possuía o impossibilitava de ter uma vida social, pois na época sua deficiência representava incapacidade de trabalho.
A necessidade que Zaqueu possuía também o impossibilitava de vida social, mas não o colocava como incapacitado para o trabalho – cobradores de impostos não eram bem vistos pela sociedade.
Jesus cura o corpo do cego e a alma de Zaqueu.
Estar à margem da sociedade é uma bagagem pesada para se carregar. Ele havia convivido com essa bagagem por toda sua vida até aquele momento.
Zaqueu, quem sabe, não era bem-visto pela maioria das pessoas que o conheciam – imagine a cena de homens assentados em uma roda, conversando sobre as últimas noticias do dia, e quando Zaqueu se achega para a roda é surpreendido com a saída de todos – ele não era bem-vindo às festas, aos bares, ao templo, etc.
Jesus realizou mais que curas: Ele deu dignidade aos dois.
Os presídios estão lotados de pessoas que querem uma nova chance na sociedade hodierna. Pessoas que mataram, roubaram, traficaram etc. Esses querem não apenas ser libertos das grades de ferro, mas buscam dignidade de vida. Eles querem andar pelas ruas como se nunca tivessem cometido barbáries, precisam ser aceitos em empregos, querem constituir família. Como Zaqueu, eles querem um encontro com alguém que os possa ajudar.
Casas de recuperação de dependentes químicos trabalham para reabilitação daqueles que tiveram suas vidas roubadas pelas drogas – abandonaram família, emprego, casa –, caíram em desgraça de vida, muitos passaram a morar nas ruas, debaixo de pontes, pedindo esmolas nos sinais de trânsito, nas rodoviárias – todos à beira do caminho como o cego.
Se traçarmos um paralelo entre o caminho de Jericó e a sociedade moderna, o que encontraríamos? Uma multidão cansada de caminhar com suas bagagens pesadas, trazendo todo tipo de problemas que traumatizam, acrescentando sofrimento a cada dia, ou teríamos uma multidão que já não tem mais solidão porque tem computadores, não sente mais dores, pois tem os magníficos analgésicos, não sofre de insônia, pois tem eficientes soníferos, não há mais assassinatos, pois todos respeitam a vida, têm o que comer, vestir, beber e condições de ter casa própria e boas condições de infraestrutura urbanística e social.
Evoluímos tecnologicamente falando, mas ainda somos incapazes de fazer o que só Jesus fez: “apagar as dores de um passado ruim, fazer um novo presente e dignificar para um futuro próspero”.
Durante um ministério de três anos, Jesus operou muitas curas milagrosas e se deparou com muitos cansados e sobrecarregados – pessoas que precisavam mais do que saúde para o corpo, precisavam de saúde para a alma, precisavam de paz, segurança, confiança, esperança, dignidade e fé.
O ministério do Cristo era tríplice: Ele curava, pregava e ensinava.
As curas aconteciam por um toque no enfermo, ou por uma palavra proferida, ou por uma ação totalmente inusitada, como passar saliva no olho de um cego.
As pregações tinham um teor muito forte para os mestres da época, pois Jesus denunciava o pecado e exigia arrependimento. Ele conseguia reunir multidões à sua volta e também afastá-las.
Os ensinamentos do Cristo se concentravam em salvar a alma do homem, conduzindo-o a um novo padrão de vida.
Dentre todas as pregações e ensinamentos de Jesus, talvez nenhum falou tão forte ao povo daquela época e em todas as épocas como quando Ele disse: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei; tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manço e humilde de coração e encontrarei descanso para as vossas almas, porque meu fardo é leve e meu jugo é suave” – Mateus 11:28-30.
É interessante o fato de o mestre divino pontuar sobre dois tipos de fardos e jugo.
Um é o fardo que adquirimos através do tempo em nossas experiências de vida, muitas boas e outras ruins. Trilhamos a vida com esses fardos. Na verdade, o fardo não pesa no ombro e, sim, na memória.
O jugo é o padrão imposto sobre nossas vidas que nos faz andar apenas para uma direção. Somos forçados a caminhar caminhos que não gostamos. Não temos um norte, levados pelas situações que nos afligem, tendemos a nos entregar ao que muitos chamam de destino.
No entanto, o convite de Jesus não significa deixar o fardo e abandonar o jugo, pelo contrário, pois, Ele mesmo disse: “Tomai sobre vós o meu jugo e o meu fardo”. Isso significa que o Evangelho proclamado pelo Cristo não envolve apenas uma situação do presente do homem, mas de toda a sua história de vida – o que é que cada um de nós veio trazendo de longa jornada em nossos ombros. A ação do Evangelho está atrelada ao bem-estar de nossas lembranças do passado.
Jesus não propõe apagar o passado ruim das pessoas, mas tirar a dor que ele causa.
O jugo significa que Cristo deseja que tenhamos um padrão correto para nossas vidas, que produzamos frutos de arrependimento – a direção deve ser mudada e o desejo de fazer o que é correto deve inflamar os corações.
Tente imaginar a graça de Deus como um grande divã descido dos céus.
O psicólogo Jesus se assenta para ouvi-lo.
Você só precisa aceitar o convite.
Então, Ele passa a ouvi-lo por horas, dias, meses, anos, décadas.
Uma mistura de sentimentos toma conta do ambiente – você chora, sorri, fica com raiva, tem ânimo, sente-se a pior pessoa do mundo, etc.
O mais intrigante é que você não faz tudo isso sozinho. Enquanto você chorava, o psicólogo tirou do bolso um lenço com o qual passou a enxugar a própria face – Ele chorou também.
Quando, em gargalhadas, Ele segurou forte sua mão sem se conter em sua cadeira de trabalho, Ele se segurava para não saltar de alegria – Ele sorriu com você.
No momento em que a raiva apoderou-se de seu humor, Ele brigou por você, mostrou-se consternado pela sua decepção – Ele tomou suas dores.
Assim que você passou a se sentir a pior pessoa do mundo, Ele fez questão de lembrar você de sua palavra: “O Senhor levanta o necessitado do monturo e o faz estar assentado com os príncipes”.
Mais que qualquer outra pessoa, Ele deseja te ver bem, por isso escolheu o melhor lugar para morar: o seu coração."



Monday, October 21, 2013

A Graça Através dos Tempos





Interessante que as mudanças que ocorrem através da história acabam sempre revelando porções da graça de Deus em todas as épocas. Como hoje temos a união de pessoas do mesmo sexo legitimada pela justiça brasileira e de vário outros países, a inserção de classes que outrora estavam à margem do convívio social e familiar. Isso nos prova que Deus se revela gracioso para com os necessitados, cumpre-se o salmo de número 12, verso 5: "Por causa da opressão dos pobres e dos gemidos dos necessitados eu me levantarei agora, diz o Senhor; e porei a salvo a quem por isso suspira."

Leia o artigo abaixo:

John Boswell, historiador e religioso católico, dedicou grande parte de sua vida acadêmica ao estudo do tempo entre o final do Império Romano e início da Igreja cristã. Analisando os documentos legais e da igreja a partir desta época, ele descobriu algo incrível. Havia dezenas de registros de cerimônias da igreja, onde dois homens se juntaram em sindicatos que usaram os mesmos rituais de casamentos heterossexuais. Em compensação, não conseguiu quase nenhum registro de uniões lésbicas, o que demostra que a cultura é muito mais masculina.

Amparado por esta evidência, Boswell publicou um livro em 1994, um ano antes de sua morte, chamado de “Uniões do mesmo sexo na Europa pré-moderna”. O livro será lançado no próximo mês pela primeira vez em uma edição digital. Boswell na verdade começou sua pesquisa na década de 1970, e publicou um trabalho igualmente controverso em 1980 chamado Cristianismo, Tolerância Social e Homossexualidade: Pessoas gays na Europa Ocidental a partir do início da era cristã para o século XIV. Seu livro revela muito do que tinha aprendido ao longo de uma vida de pesquisa em fontes primárias em bibliotecas e arquivos espalhados.

Caso isso seja comprovado, temos mais uma vez a interferência religiosa tradicional, norteando os comportamentos humanos de acordo com o que é conveniente para seus objetivos. 

No entanto, considero que a graça manifesta através dos tempos, jamais poderá ser ocultada por força institucional ou particular - a graça divina se extravasou através dos tempos e não há livros que a possam suportar, nem termos que a possam definir, e nem tempo que a possa parar, ela vem se movendo e vai nos atingir. 


Thursday, September 26, 2013

Nascidos de Deus


Jesus aceitou o propósito de Deus antes que qualquer outro ser celestial pudesse aceitar, por dois motivos: primeiro, por quem Ele era: (Filipenses 2:6); segundo, por quem Deus queria que ele se tornasse: (Filipenses 2:7-8) – é importante que reconheçamos quem somos e entendamos que o fato de sermos quem somos não impedirá que Deus nos torne em quem Ele quer que sejamos.
Jesus não disse para Pedro, André ou Tiago: “Deixem de ser quem vocês são e sigam-me”.
Ele não disse para a mulher: “Deixe de ser mulher para seguir-me”; e ao homem: “Deixe de ser homem”. Quando Cristo chama os seus discípulos, Ele apenas exige que deixem de fazer o que estavam fazendo e passem a uma nova atividade – “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens.” (Mateus 4:19). Da mesma forma ao se deparar com a prostituta, que estava prestes a ser apedrejada, a ordem não para que ela deixasse de ser mulher, mas de ser pecadora – “(...) vai e não peques mais.” (João 8:11) – jamais seremos condenados pelo que somos, mas pelo que fazemos de errado ou deixamos de fazer de certo.
O novo nascimento não é a criação de uma nova pessoa em detrimento a outra já existente; antes, é o processo pelo qual Deus põe a outra na nova.
Segundo um dos comentaristas da Bíblia de Estudos Plenitude, o novo nascimento é mais do que simplesmente ser salvo. É uma experiência requalificante, abrindo as possibilidades de todo nosso ser à dimensão sobrenatural da vida e nos adaptando a um início da ordem do Reino de Deus.
O termo utilizado por Paulo para se referir à “nova criatura”, foi “kainos”, que significa novo em relação à forma ou qualidade.
O propósito de Deus não é acabar com sua vida, mas dar nova forma a ela.

Tuesday, May 28, 2013

Teologia Inclusiva


A Teologia Inclusiva está baseada nos ensinos de Jesus sobre o julgamento e graça: "Não julgueis para que não sejais julgados." (Mateus 7:01), "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16). A maioria dos cristãos passou a acreditar de forma contrária, alguns deles são líderes de igrejas, no entanto, decidiram que é perfeitamente adequado julgar os outros e declarar uma abominação o que não é condenado pela Bíblia, geralmente, condenam apenas algumas práticas ou crenças que eles decidem ser contrárias à vontade de Deus. Assim, a Igreja muitas vezes tem permitido preconceito para se tornar excessiva e até mesmo dominante em sua filosofia de vida. A Teologia Inclusiva se esforça para aceitar e não julgar ninguém. Ademais, o cristianismo tradicional tem excluído pessoas – alguns são excluídos porque se divorciaram, outros, porque são pais solteiros, outros ainda porque são homossexuais. Na verdade, o cristianismo tradicional tem sido apresentado como uma religião heterossexual, de família nuclear e, a religião dos ricos. Não é este o cristianismo que Jesus proclamou e ensinou, não é a mensagem da Bíblia.

A religião verdadeira ensinada pela Bíblia é:

"Se alguém pensa que é religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a religião dessa pessoa é inútil. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e manter-se isento da corrupção do mundo. "
Tiago 1:26-27

"Tenham cuidado para que ninguém vos faça presa pela filosofia e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo."
Colossenses 2:08

"Aqui não há grego nem judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo é tudo em todos."

Colossenses 3:08

Tuesday, May 21, 2013

REFLEXÃO SOBRE CIÊNCIA E RELIGIÃO


"A religião se constitui de dois aspectos: o divino e o humano. A forma como o homem entende a religião, a cultura que absorveu e que o levou a sua forma de viver, a presença de valores os quais ele preserva para manter esta forma de religiosidade, pode ser sim a sua religião.  Assim há uma diversidade de religiões porque há uma grande diversidade de entendimento entre os homens.

O aspecto divino é a grande Lei da Vida, é a harmonia Universal e são as leis que regem a natureza desde o nascimento até a morte de cada célula e, desde a constituição de cada átomo, sobre tudo o que podemos imaginar.

De tempos em tempos nasce alguém com a missão de melhorar o entendimento humano sobre essa grande Lei da Vida. Interessante que a maioria deles não está dentro das religiões, mas tornam-se exemplos de liderança espiritual.

Todos nós conhecemos sobre a criação divina: somos a imagem e semelhança de Deus. Mas nem todos os homens são iguais. Para que possamos explicar estas diferenças vamos ilustrar:

Imagine que quando Deus Criou o homem, sua imagem refletia nitidamente a integridade e o caráter divino. Estes espelhos, como os átomos se multiplicaram e muitos deles foram ficando sujos. Uns mais sujos que os outros. Os que se aproximavam da integridade divina mantinham os seus reflexos iluminados, mas os que se afastavam, ficaram embaçados.

Este embaçamento foi acrescido, pois se formaram várias camadas sobre a nitidez do reflexo: egoísmo, orgulho e presunção.

Nestes espelhos a luz não pode ser refletida, a não ser que sejam polidos. Uma vez polidos são humildes e altruístas e brilham em sua totalidade onde quer que cheguem.

A redução da luz sobre a superfície vem porque os ensinamentos são deturpados e se criam “novos” ensinamento em nome de denominações. Criam espetáculos simples ou cruéis para defender suas “crenças religiosas”.

Mas vamos deixar o aspecto humano da religião de lado.
Por principio as religiões são boas se fizerem seus adeptos melhorarem a sua condição de princípios morais e se tornarem íntegros. Mas as religiões brigam porque acreditam que Jesus é Deus encarnado, a outra discorda completamente disso. Uma acredita que Maria era virgem do corpo, a outra diz que esse é um sentido espiritual. Uns dizem que Jesus tinha um corpo que não era de carne. Algumas religiões ainda brigam porque afirmam que seus adeptos devem vestir-se de uma forma, a outra porque não admite certos alimentos. E assim em discórdia vão encontrando tarefas que ocupam suas mentes e vivem disputas infrutíferas.

“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”, Jesus sintetizou a religião desta forma magnífica. Este amor por Deus tem que ser relacional – de relacionamento de laços e confiança sem medo. O medo impede a fé. E sem fé não se é possível amar. O medo tira a pureza do sentir e do agir. Repare que quando ficamos com medo ficamos em alerta e demonstramos receio de fazer alguma coisa e, um sentimento de ameaça nos envolve.

A fé liberta do medo porque é fundamentada na razão, no equilíbrio entre a lógica do que se entende e fornece o firme fundamento das coisas que não se vê.  E para sentir sem ver, temos que nos relacionar com a ordem do Universo criado por um Grande Arquiteto. Este pensamento é do prêmio Nobel de Física em 1918, pela descoberta do “quantum” de energia Max Planck (1858-1947) - “O impulso de nosso conhecimento exige que se relacione a ordem do universo com Deus”.

Há uma necessidade mútua entre a fé e a ciência. A ciência livra a fé da ingenuidade que a deixa fanática e doente. A fé auxilia a ciência a não se voltar para o puro materialismo.  A ciência necessita da fé e assim não colocará suas descobertas a serviço da destruição da humanidade.

A ciência acredita porque entende e a acredita por que confia. Há ai uma complementação."

“A obra mais eficaz, segundo a Mecânica Quântica, é a obra de Deus”.
Erwin Schorödinger (1887-1961), prêmio Nobel de Física em 1933, pelo descobrimento de novas fórmulas da energia atômica


http://www.uniblog.com.br/img/posts/imagem24/243189.gif 
“O reflexo sempre terá as suas imperfeições”

 Professora Ana Maria Furtado

Thursday, May 2, 2013

Sal da terra



"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens." 

                                                                                                                                                
                                                                                                                                              Mateus 5:13




A escassez de pessoas que sejam exemplos está acontecendo dentro das igrejas de forma intensa – a valorização do ter em detrimento ao ser, o autoritarismo, as disputas por poder, as discussões infundadas para dizer quem é salvo e quem não, a medida do cabelo, tamanho das saias, os cifrões como índice de espiritualidade, tem cegado a igreja, fazendo com que ela se esqueça da ordem de Jesus: “ide por todo o mundo e pregai o Evangelho”. Temos em muito perdido nossa característica maior de chamados para fora – primeiro fomos chamados para fora do mundo de pecado, depois, para fora das quatro paredes – característica de evangelistas. Acredito piamente que a igreja pode influenciar positivamente as sociedades, porém sem que haja uma releitura de seu papel como instituição divina na terra, continuará a pregar fé, mas sem obras – somos advertidos que a fé sem as obras é morta. Ademais, há uma grande preocupação em se defender o Evangelho, quando na verdade devemos apenas proclamá-lo, pois ele por si só se defende – é a palavra viva de Deus. Proclamamos com palavras e com obras. A nossa conduta diante de Deus pode nos lograr êxito em nosso exercício cristão de anunciar o reino de Deus e sua justiça.

Friday, March 29, 2013

Oito passos para o sucesso familiar



1. Queira que sua família seja bem sucedida - o investimento mais importante para que uma família tenha sucesso não é no campo financeiro, mas emocional: construa relacionamentos sadios, emocionalmente corretos, baseados em amor e espiritualmente equitativos.
2. Cuide do ambiente familiar - exercite respeito, motivação e alegria.
3. Busque valores bem definidos - seja verdadeiro em suas ações, não minta para quem você ama.
4. Aprenda a aplicar regras de condutas - verifique se suas ações são justas.
5. Dê bons exemplos - as suas atitudes falam mais alto que as palavras.
6. Respeite as diferenças - Evite comparações e não exija nunca que um seja igual ao outro, isso é cruel.
7. Ame e expresse - aprender a dizer "eu amo você", "é bom estar com você", etc.
8. Compartilhe sonhos - crie vínculos de fidelidade, seja cúmplice de sua família.   

Bible Study Recap, September 10, 2025

As we continue our journey through the Gospel of Matthew, exploring expressions of grace, our September 10 Bible study focused on chapters 8...